Este artigo é uma versão revista de uma conferência proferida na cerimónia de abertura da Bayreuth International Graduate School of African Studies (BIGSAS), na Universidade de Bayreuth, na Alemanha, em 13 de Dezembro de 2007. O artigo questiona em que medida são africanos os chamados Estudos Africanos? O estudo da África, tal como desenvolvido até hoje por uma longa tradição intelectual, faz parte de um projecto abrangente de acumulação do conhecimento iniciado e controlado pelo Ocidente. Este artigo defende que as sociedades africanas devem eles próprias apropriar‑se ativa, lúcida e responsavelmente do conhecimento sobre elas capitalizado durante séculos. Convida os investigadores africanos da área dos Estudos Africanos e de todas as outras disciplinas a compreenderam que, até ao momento, têm vindo a levar a cabo um tipo de pesquisa maciçamente extravertido, isto é, orientado para fora, destinado em primeira linha a ir ao encontro das necessidades teóricas e práticas das sociedades do Norte. Propõe uma nova orientação e novas ambições para a investigação feita por africanos em África.

Palavras-chave: Estudos Africanos, Ocidente, conhecimento, África, filosofia africana

HOUNTONDJI, Paulin J. Conhecimento de Âfrica, conhecimento de Africanos: Duas perspectivas sobre os Estudos Africanos. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs). Epistemologias do Sul. 2009

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