A opção de-colonial: desprendimento eabertura. Um manifesto e um caso

A opção descolonial, em política e em epistemologia, foi conseqüência imediata da divisão imperial/colonial, primeiro em Anahuac e Tawantinsuyo e, a partir de meados do século XVIII, nos distintos espaços do mundo islâmico (i. e. na Índia muçulmana, por obra dos ingleses; no norte da África por obra dos franceses). A África subsaariana foi colonizada também no século XVI. As comunidades africanas na América não foram colonizadas da mesma forma do que as comunidades indígenas, pois foram propriamente escravizadas. Muitos indígenas e africanos na América não quiseram ser governados nem pela Coroa Espanhola nem pelos donos das plantações. A dissidência se manifestou em diferentes lugares e de distintas maneiras, algumas anti-imperiais/coloniais e outras de-coloniais. Waman Poma de Ayala, nos Andes e Ottobah Cugoano, escravizado e levado ao Caribe e depois libertado em Londres, escreveram importantes tratados políticos descoloniais que foram reconhecidos de tal forma pela teoria e pelo pensamento político eurocentrado (Aristóteles, Platão, São Tomás de Aquino, Maquiavel, Hobbes, Locke, Rousseau, Montesquieu, etc.). Ambos os autores ilustram a importância da geopolítica do conhecimento para projetos futuros que não sigam atados e dependentes dos dizeres e de teorias baseadas nas experiências da história. Quer dizer, a história do mundo escrita por europeus corresponde à experiência européia e não à sensibilidade e experiências de todo o mundo. Palavras-chave: pensamento des-colonial, teoria política descolonial, opção descolonial, geopolítica do conhecimento, modernidade/decolonialidade, epistemologia fronteiriça.

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AYA LABORATÓRIO

Laboratório de Estudos Pós-coloniais e Decoloniais – AYA