Com o intuito de contribuir com o debate referente ao conceito de “sociedade escravista”, outrora proposto pelo historiador Moses Israel Finley, o presente artigo discute a presença da escravidão na África Romana como resultado de um processo de integraçãolevado a cabo pelos romanos, e que perdurou até o período tardo-antigo. Após identificar a permanência do modelo proposto por Finley na historiografia recente sobre o tema, este estudo recorre à documentação epigráfica com o objetivo de demonstrar sua compatibilidade com uma proposta de estudo da África Romana sob uma perspectiva mediterrânica, e que ressalte a integração dessa mesma escravidão ao sistema imperial romano. Por meio da leitura e comentário de uma epístola de Agostinho de Hipona, por fim, também são sugeridas possíveis conexões entre o comércio de pessoas escravizadas em África a outros mercados e territórios do Império Romano Tardio
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Autoria
Professor adjunto na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando como docente nas disciplinas de História Antiga e Medieval. Integra o Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) e o corpo docente do Mestrado Profissional em História (PROFHISTÓRIA) nesta mesma instituição. Cursou mestrado (2016) e doutorado (2023) em História na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde também atuou como professor colaborador entre os anos de 2020 e 2022. Desde a graduação (2009-2012), realizada na Pontificia Universidade Católica de Campinas, desenvolve pesquisas sobre a Antiguidade Clássica. Durante o doutorado, foi pesquisador visitante na Universitat de Barcelona, junto ao CEIPAC (Centro para el estudio de la Interdependencia Provincial en la Antigüedad Clásica), sob a supervisão de José Remesal Rodríguez. Suas pesquisas principais estão voltadas ao estudo da Antiguidade Clássica, com ênfase nos seguintes temas: escravidão e liberdade no Mediterrâneo Antigo; Relações de Gênero na Antiguidade; Epigrafa Latina; Literatura Latina; Historiografia Antiga; Cristianismo Primitivo; Cultura Popular na Antiguidade e História da Arqueologia. Tem experiência em temas referentes aos Usos do Passado (Antigo e Medieval) no mundo contemporâneo; História da Arqueologia Brasileira; Patrimônio Histórico e Ensino de História. Integra a equipe editorial da Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade (Unicamp) e atua como coeditor da Revista Heródoto (Unifesp). Tem publicado, no Brasil e no exterior, artigos, capítulos e livros sobre História Antiga. Organizou os volumes “Desigualdade Social na Antiguidade: agenciamentos e linhas de fuga” (2023) e “Historia Antigua en dialogo: humanidades digitales e innovaciones metodologicas” (2022, Archaeopress, Oxford). ORCID: 0000-0001-5075-0131.
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